Pará ultrapassa 310 mil casos de Covid-19, com média móvel de 1.247 casos por dia
Estado alcançou 311.063 casos e 7.427 óbitos por Covid-19, segundo a SESPA.
Por Ana Cristina Viana Campos
19/01/2021
Desde fevereiro de 2020, realizamos o acompanhamento da pandemia de Covid-19 no estado do Pará, e desde junho, o Comitê Científico de Monitoramento da Covid-19 em parceria com o Laboratório e Observatório de Vigilância & Epidemiologia Social – LOVES tem publicado informativos semanais e relatórios técnicos mensais sobre a Covid-19 nos municípios onde há campus da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa).
O observatório divulga a atualização da situação da pandemia de coronavírus no estado do Pará, a partir dos dados oficiais da SESPA, consolidados até hoje, dia 18. A situação do estado ainda é preocupante.
A SESPA confirmou 130 novos casos e 11 óbitos nos últimos sete dias e mais 1.117 casos e 04 óbitos ocorridos em dias anteriores. Com acumulado de 311.063 casos, a média móvel no Pará nos últimos 7 dias foi 1.247 casos, indicando tendência de aumento no número de casos em comparação às duas semanas anteriores.
Fonte: SESPA (elaborado pela pesquisadora)
Em relação aos óbitos, desde o começo da pandemia foram 7.427 mortes confirmados no Pará, com 112 desses confirmados na última semana. A média móvel nos últimos 7 dias foi de 15 novas mortes por dia. Esses dados indicam uma tendência de aumento de até 13% no número de mortes.
Fonte: SESPA (elaborado pela pesquisadora)
Então, fica a pergunta, se haverá aumento do número de mortes, por que o estado do Pará tem sido classificado no grupo de estabilização pelo Consórcio de Veículo de Imprensa?
A variação percentual da média móvel nos últimos 14 dias tem sido uma medida muito utilizada pela impressa e pelos pesquisadores para calcular a tendência de crescimento, diminuição ou estabilização da doença.
Crescimento = +15% de variação percentual
Diminuição = -15% de variação percentual
Estabilização é uma variação percentual ≤15%
Sendo assim, é preocupante considerar um aumento de 13% do número e mortes como estável em um estado extenso, populoso e com grandes desigualdades sociais e regionais como o Pará. Por fim, com o atraso do repasse das informações entre municípios e estado e com a diminuição de realização da testagem é necessário que os gestores se mantenham alertas e com planos de enfrentamento para um possível novo pico de casos e mortes no Pará.
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